16.6.13

Bolo que faz lembrar o chocolate Bounty...mas muito melhor!

Desculpem-me adoradores do chocolate Bounty, mas eu que adoro todo o tipo de chocolates e sou uma gulosa por tudo o que leva coco, nunca morri de encantos pelo chocolate Bounty! Ao saborear este bolo, a memória desse chocolate vem logo ao de cima, mas enquanto na segunda dentada a um chocolate Bounty, eu já estaria a ficar enjoada, neste bolo nem acabando a primeira fatia, a segunda ou...e fiquemos por aqui, que já deu para perceber que por mim, o bolo desaparece num instante!
Outro aspecto que eu adoro nesta receita, é que apesar de ser um bolo recheado, ele é cozido já com o recheio, o que salta aquela parte um pouco demorada, de termos de deixar arrefecer completamente o bolo após a cozedura, e depois dividi-lo a meio para o rechear, parte em que eu, mulher desastrada em artes manuais, obtenho por vezes, como resultado final, um bolo a lembrar um pouco a Torre de Pizza!
Mas vamos lá apresentar este bolo que se tornou um dos meus favoritos, logo à primeira dentada...



Bolo de chocolate com recheio de coco 
receita adaptada do blog docescozinhados

175g de farinha
125g de margarina ou manteiga amolecida
125g de açúcar
6 colheres de sopa de leite
3 ovos
½ carteira de açúcar baunilhado
1 colher de sobremesa de fermento
1 colher de sopa de cacau

Recheio:
100g de coco ralado
100g de açúcar
½ pacote de açúcar baunilhado
1 clara de ovo
½ colher de sopa de maizena
2,5 colheres de sopa de natas

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar muito bem uma forma de bolo inglês ou uma forma sem buraco no meio, com um máximo de diâmetro de 24 cm, foi a usada desta vez.

Tradicional:
Bater a manteiga com o açúcar. Juntar as gemas, uma a uma. 
Adicionar o açúcar baunilhado. 
Acrescentar a farinha, o fermento, o leite e o cacau e mexer bem. 
Bater em castelo as claras e envolvê-as, delicadamente na mistura.

Bimby:
Colocar a borboleta no copo, adicionar a manteiga, os ovos e o açúcar: 3 min + 37ºC + vel 4, seguido de 3 min + vel 4.
Adicionar a farinha misturada com o fermento, o cacau e o açúcar baunilhado: 10 seg + vel 3.
Juntar o leite e envolver mais uns segundos na vel 3. Não estando tudo envolvido, finalizar com a espátula.

Para o recheio, bater a clara em castelo, juntar os restantes ingredientes e envolver. 

Deitar metade do preparado do bolo numa forma untada. Por cima, colocar o recheio de coco às colheradas, cuidadosamente e de forma a cobrir a massa de um modo uniforme. Cobrir com o restante preparado do bolo. 



Pode ser servido simples, ou fazer uma cobertura de chocolate para ficar mais guloso. Eu fiz uma ganache de chocolate preto, pode ver receita aqui, e decorei com raspas de chocolate branco.
E como podem ver, as aparências iludem, à primeira vista parece apenas um bolo com cobertura, mas cortando a primeira fatia, aí tem-se a surpresa do seu recheio maravilhoso. Se fizerem numa forma mais pequena, as camadas ficam ainda mais definidas!



14.6.13

O que fazer com bananas muito maduras?

Aqui em casa, as bananas desaparecem muito bem, normalmente a cargo de certos residentes masculinos. Mas de tempos a tempos, algumas acabam por ficar na fruteira tanto tempo que ficam bem maduras, com a sua casca preta característica, e aí ninguém lhes toca. 
Até há uns anos atrás o destino dessas bananas seria o caixote do lixo, porém desde que eu descobri esta receita aqui, que confesso que por vezes, anseio para que eles se esqueçam das bananas, de modo a conseguir juntar algumas para fazer esta guloseima. 




Nikki’s Healthy Cookies 

bananas maduras grandes amassada (cerca de 1 e 1/2 chávena)
1 colher de chá de extracto de baunilha
1/4 chávena de óleo de coco, morno ou em alternativa, azeite à temperatura ambiente
2 chávenas de aveia em flocos
2/3 chávena de farinha de amêndoas (picar as amêndoas até ficarem tipo areia fina)
1/3 chávena de coco ralado
1/2 colher de chá de canela
1/2 colher de chá de sal marinho fino
1 colher de chá de fermento em pó
180g de chocolate preto picado


Pré-aquecer o forno a 180ºC.
Misturar a banana, a baunilha e o óleo de coco
Noutra tigela, juntar a aveia, a farinha de amêndoas, o coco ralado, a canela, sal e fermento em pó
Adicionar os ingredientes secos aos ingredientes molhados e mexer até ficar tudo bem incorporado.
Juntar os pedaços de chocolate. 
Usando como medida uma colher de gelado quase cheia, formar umas bolinhas de massa, apertando e pressionando um pouco a massa, pois ela é mais solta do que a habitual massa de bolachas. 
Colocar as bolinhas num tabuleiro com papel vegetal com uns 3 dedos de distância entre elas.
Levar ao forno durante 15 minutos ou até elas ficarem douradinhas.



Estas bolachinhas são realmente muito especiais, como o nome indica, elas são realmente mais saudáveis do que as tradicionais. O único açúcar que têm, provém de um modo natural da doçura das bananas, que quanto mais maduras, mais doces se tornam e ficam ideais para esta receita. Para além disso, não leva nenhuma farinha refinada, e se porventura encontrar flocos de aveia sem glúten, são maravilhosas para quem sofre de intolerância a esse elemento. Por acaso, acho que um dia destes, vou experimentar também com flocos de trigo sarraceno em vez de aveia, para ver o resultado.

É por essas boas razões, que a minha consciência não fica tão pesada quando eu caio na tentação de assaltar o frasquinho destas bolachas...




13.6.13

Os hambúrgueres vegetarianos preferidos do momento!

Eu tenho a mania de ir às compras e vir para casa com alimentos extra que não faziam parte da lista de compras e para a qual não tenho nenhum destino em concreto à vista. Eu bem tento resistir a este impulso, mas nem sempre sou bem sucedida! 
Num desses impulsos, veio para casa uma embalagem de millet, sem eu ter a mais pálida ideia do que poderia cozinhar com ele e ficou na despensa até eu me lembrar novamente da sua existência, o que só ocorreu passado uns meses, quando estava a folhear o livro da Mafalda Pinto Leite, "Cozinha para quem quer poupar" e vi uma receita de Hambúrgueres de millet, alho francês e nozes. Com o meu fraquinho por pratos que envolvam frutos secos, a receita foi logo para a lista das receitas vegetarianas da semana. 
E o que posso dizer, da nossa primeira vez com o millet? ADORÁMOS...tanto que repeti  estes hambúrgueres em 2 semanas seguidas, coisa rara cá por casa! O marido mal deu as primeiras garfadas afirmou sem sombra de dúvida, que era o melhor hambúrguer vegetariano que já tinha provado, e para eu repetir mais vezes! Preciso de dizer qual será o destino mais provável para o resto da embalagem de millet?


Hambúrgueres de millet, alho francês e nozes

250g de millet
800ml de caldo de legumes (usei caseiro)
25g de manteiga
Azeite q.b.
75g de nozes
2 colheres de sopa de flocos de millet ou aveia (usei aveia)
225g de alho francês bebé (ou cebolo) em rodelas finas (usei alho francês normal)
2 colheres de sopa de queijo creme natural (não usei)
1 ovo batido

Lavar bem o millet e escorrer.
Aquecer o caldo numa panela e temperar com sal e pimenta. Não temperei porque o meu caldo caseiro já estava bom de tempero.
Numa frigideira derreter 25g de manteiga e 2 colheres de sopa de azeite. Adicionar o millet e fritar, mexendo por 3 minutos ou até começar a cheirar bem.
Adicionar o millet à panela com o caldo e deixar levantar fervura. Baixar o lume e tapar. Deixar cozinhar por 30 minutos sem mexer (utilizar de preferência uma panela baixa e larga). Retirar do lume, se toda a água tiver sido absorvida e o millet estiver cozinhado.
Misturar os flocos na panela e deixar arrefecer.
Entretanto, torrar as nozes num frigideira seca, mexendo para não se queimarem. Deixar arrefecer. Colocar numa picadora ou na bimby e triturar em impulsos até elas desfazerem-se, mas sem deixar que fiquem finas de mais.
Aquecer 1 colher de azeite numa frigideira e cozinhar o alho francês até amolecer.
Colocar o millet numa tigela grande. Adicionar o alho francês, as nozes, o queijo-creme e o ovo.
Temperar a gosto com sal e pimenta moída na hora.
Formar hambúrgueres, passar por mais flocos de millet ou de aveia e deixar repousar por 10 minutos.
Aquecer azeite numa frigideira e cozinhar os hambúrgueres por 5 minutos de cada lado ou até estarem dourados. 

Aproveitando que o acompanhamento iria ser batatas "fritas" no forno, também cozinhei os hambúrgueres desse modo. Coloquei-os num tabuleiro com papel vegetal untado com um pouco de azeite. Reguei-os com um fio de azeite e foram ao forno na prateleira mais subida.
Numa prateleira mais abaixo, coloquei um outro tabuleiro, forrado com papel vegetal ligeiramente untado com azeite, preenchido com batatas cortadas aos palitos e temperadas com sal, ervas de provence e um fio de azeite. Ficaram no forno ambos, aproximadamente 20 minutos a 190ºC.


Fast-food maravilhosa!

12.6.13

Lombos de Perca Aromáticos para amantes de canela

A receita de hoje é especialmente dedicada a amantes de canela, como eu. Usar canela em pratos salgados pode parecer estranho, e verdade seja dita, nem sempre resulta bem. Mas não é o caso deste prato de peixe, que se tornou um dos meus favoritos. Mesmo o meu filho mais velho que diz que detesta canela, o que eu acho de todo incompreensível, consegue "tolerá-la" nesta receita.
Ela veio de um dos meus blogs favoritos e dos primeiros que comecei a visitar há alguns anos atrás, As Minhas Receitas da Joana Roque, agora autora de sucesso de 3 livros de cozinha!



Lombos de Perca Aromáticos
adaptada daqui

4 lombos de perca 
sal e pimenta moída na hora q.b.
orégãos 
1 limão
farinha (uso farinha de espelta integral)
azeite q.b.
1 cebola
2 tomates maduros
1dl de vinho branco
1 pitada de canela
50g de azeitonas recheadas (opcional)

Temperar os lombos com sal, pimenta e orégãos. Regar com o sumo de limão e deixar marinar pelo menos 30 minutos, mas de preferência algumas horas.
Escorrer o peixe da marinada, passar por farinha, sacudindo o excesso, e fritá-lo num pouco de azeite. 
Retirar o peixe para um prato com papel absorvente e reservar. 
Juntar na frigideira a cebola cortada em meias luas ou rodelas finas e deixar alourar.
Adicionar o tomate pelado e cortado em pedaços. Mexer e regar com o vinho branco.
Tapar a frigideira e deixar cozinhar em lume médio/baixo durante 20 minutos. 
Temperar com sal, pimenta e uma pitada de canela moída. 
Introduzir novamente o peixe e deixar cozinhar mais 10 minutos. 
Adicionar as azeitonas e servir acompanhado por puré ou batatas salteadas ou batatas fritas às rodelas.

Se os lombos forem muito altos, introduzir o peixe mais cedo 5 minutos e prolongar o tempo de cozedura para os 15 minutos, pelo menos, ou até verificar que o peixe se encontra cozido por dentro. Pode usar outro tipo de lombos, como tamboril, cherne ou pescada.

11.6.13

Um stroganoff de frango diferente

Há receitas que são tão simples, que parece que nos ficam automaticamente gravadas na nossa mente, pois a partir da primeira vez, conseguimos reproduzi-la facilmente sem necessidade de recorrermos novamente ao seu registo escrito. É o caso desta receita, das primeiras que experimentei no meu primeiro ano de casada e que se tornou um prato constante cá em casa, de tão simples e rápido que é de preparar. 
Ela é antiga, do século passado, vejam só! Estava numa das primeiras revistas de culinária que adquiri na minha vida, em meados de 1999, na Teleculinária Nº 1057 e que está no meu arquivo, guardada com carinho! É uma receita muito actual, um stroganoff sem natas e molhos complicados, muito leve e saudável, palavras que hoje em dia estão em voga, mas que naqueles tempos passados não eram relevantes!



Stroganoff de frango com milho e pepino

600g de peito de frango laminado (utilizo 400g para 4 pessoas) 
1 colher de sopa de manteiga (utilizo azeite)
1 dl de vinho branco
1 dl de água
1 lata pequena de milho cozido
1/2 pepino 
1 cubo de caldo de legumes (utilizo caldo de legumes caseiro)

Alourar a carne na manteiga ou azeite quente. 
Juntar o vinho branco e deixar reduzir um pouco, regar em seguida com a água e deixar ferver durante 5 minutos.
Escorrer o milho. Descascar o pepino, retirar as pevides com uma colher de sobremesa e cortá-lo em tiras finas. 
Juntar ambos ao frango e aquecer um pouco. 
Juntar o caldo de legumes e mexer bem até o dissolver completamente.
Acompanhar com arroz seco.

Se não tiver caldo de legumes caseiro, utilize de preferência o Knorr Natura de legumes ou de galinha, que são mais saborosos do que os tradicionais cubos concentrados, os únicos disponíveis em 1999. Em várias ocasiões, omiti o vinho branco e a água, e resulta igualmente saboroso!

10.6.13

Bolo de laranja

Apetecia-me um bolo de laranja com uma calda de chocolate...por acaso, apetecia-me especificamente um certo bolo de laranja que eu já não fazia há muito tempo, mas cuja receita estava numa revista antiga na minha casa...e eu a kms de distância. Ainda bem que existem tantos blogs de culinária onde pudemos encontrar sempre o que procuramos para aplacar os nossos desejos, porque assim que vi esta receita aqui, lembrei-me que já a tinha debaixo de olho da primeira vez que a vi aqui. E com tão boas referências dadas por essas maravilhosas cozinheiras, a São e a Duxa, eu tinha a certeza que o resultado ia ser muito bom! 

  
Orange Bundt Cake

100g de manteiga amolecida (coloco 10 segundos no micro-ondas para amolecer)
100g de açúcar
2 ovos grandes ou 3 médios
90ml de sumo de laranja (pode usar leite)
raspa de 1 laranja
200g de farinha de trigo com fermento
1 colher de chá de fermento em pó

Cobertura:
100g de chocolate
2 colheres de sopa de leite

Ligar o forno a 180ºC.
Bater a manteiga com o açúcar até ficar uma mistura cremosa e com o dobro do volume.
Juntar os ovos, um a um, batendo bem entre cada adição.
Misturar o sumo de laranja e a raspa, e bater bem.
Por fim, com a batedeira em velocidade baixa, juntar a farinha misturada com o fermento, e bater apenas até estar tudo envolvido.
Colocar numa forma média de buraco ao meio, muito bem untada. Eu usei uma de silicone, pelo que não precisei de untar.
Levar ao forno durante aproximadamente 25 minutos, verificando com o palito se já está pronto.
Assim que já estiver cozido, retirar e deixar arrefecer sobre uma rede.

Para a cobertura, partir o chocolate para uma chávena, juntar o leite, e levar ao micro-ondas durante 30 segundos, retirar e mexer bem com uma colher. Voltar a colocar no micro-ondas e repetir o procedimento anterior, até conseguir uma mistura homogénea.

Cobrir o bolo com a cobertura assim que o bolo já tenha arrefecido.



Ficou super fofo, com um sabor bem acentuado a laranja que é um par perfeito para o chocolate da cobertura. Simples  e maravilhoso. 




7.6.13

Chili com Seitan para jantar vegetariano

Eu já tinha mencionado que gosto de picante, pelo que não é de estranhar que eu adore chili, de preferência bem picante. Mas nem todos cá em casa, concordam com a minha ideia de "bem picante", pelo que por muito que esta cozinheira tente ser comedida nos temperos, 2 em 3, sai sempre mais picante do que outros desejariam, mas o curioso é que nem por isso deixam de esvaziar os pratos!
O feijão encarnado é por norma, o feijão usado no chili, mas desde que descobri umas latas na loja biológica que tem uma mistura de 3 feijões e grão de bico, essa tornou-se a minha mistura preferida no chili, quer este seja à base de carne ou vegetariano, como o de hoje. 
Não encontrando essa mistura, pode fazer a sua própria mistura usando latas pequenas de diferentes feijões que sejam do seu agrado e grão de bico, ou fique-se apenas pelo tradicional feijão encarnado, é delicioso de qualquer modo!



Chili com Seitan
adaptada do livro Bimby - As receitas essenciais 

250g de seitan biológico
2 colheres de azeite
1 cebola
3 dentes de alho
1 pimento vermelho
200g de tomate
1 malagueta fresca vermelha ou verde (na foto usei verde)
1/2 colher de chá de pimentão doce
1/2 colher de chá de cominhos
1/2 colher de chá de paprika
1/2 colher de chá tabasco
1/3 colher de chá de pimenta caiena (se não quiser muito picante, omita)
sal (pouco porque com os temperos e o sal do feijão, não é necessário muito)
1 lata média de mistura de 3 feijões e grão de bico, bem escorrido

Bimby:
Colocar o seitan no copo: 4 seg + vel 5. Retirar e reservar.
Colocar no copo o azeite, a cebola, os alhos e o pimento: 5 seg +vel 5.
Adicionar o tomate: 20 seg + vel 7 e 5 min + 100º + vel 2.
Adicionar o seitan, a malagueta cortada aos pedacinhos e os temperos: 10 min+ 100º + vel 1.
Juntar a mistura dos feijões: 5 min + 100º + colher inversa.

Tradicional:
Picar o seitan numa picadora. Retirar e reservar.
Picar os alhos, a cebola e o pimento em pedaços pequenos e refogar no azeite. Adicionar o seitan e a malagueta cortada aos pedacinhos, e saltear, mexendo de vez em quando. Juntar o tomate pelado e cortados aos pedacinhos. Adicionar os temperos e deixar cozinhar em lume médio/baixo durante 15 a 20 minutos, até o molho apurar e engrossar um pouco. Juntar a mistura dos feijões e cozinhar por mais 5 a 10 minutos.

Acompanhar com arroz branco, ou usar como recheio de tortilhas.

E num instante.. jantar pronto, pratos esvaziados e toca a ir para a cama, que se faz tarde e andámos todos cansados!




6.6.13

Um pão doce para amantes de côco

Esta Primavera anda a pôr-me doida com a sua inconstância de temperaturas, graças à qual todos cá em casa ficaram constipados e a queixar-se de dores de garganta, de ouvidos ou de cabeça! 
Dias como o de hoje, sem vestígio do sol, faz-me suspirar por pão docinho para acompanhar uma grande chávena de algo quentinho, tipo leite, cevada ou chá! Este pão que trago hoje não foi feito hoje, mas sim noutro dia cinzento, de acordo com a estação em que estávamos na altura, o Inverno, e eu ansiosa por um raio de sol, fui fazer um pão que me deixou rendida, e cujo topo com a sua cor amarela, fez-me mesmo lembrar o grande astro, o sol. Vai uma fatia?



Pão Doce com cobertura de coco
adaptado do livro Cozinhar, Celebrar e Partilhar da Joana Roque

230ml de leite
50g de manteiga
50g de açúcar
1 pitada de sal
500g de farinha T65
1 saqueta de levedura seca ou 25g de fermento de padeiro fresco (eu usei esta última)
1 gema ou leite para pincelar

Cobertura:
150g de coco ralado
2 ovos
75g de açúcar

Bimby:
Colocar os 4 primeiros ingredientes na bimby: 1,30min + 37º + vel 1. Se usar levedura seca acrescentar também.
Adicionar a farinha e desfazer o fermento de padeiro fresco na farinha com as pontas dos dedos: 10seg + vel 6 e de seguida, 2 min + vel espiga.
Deixar descansar 10 minutos dentro do copo.
Retirar e colocar a massa numa forma rectangular (tipo bolo inglês, grande) untada e enfarinhada. Deixar levedar, tapada com 1 pano durante 1 hora.

Para a cobertura:
Colocar os ingredientes no copo: 1 min + vel 3.

Tradicional:
Numa taça colocar o leite morno, a manteiga amolecida, o sal e o açúcar. Se usar levedura seca acrescentá-lo neste passo. Misture bem para dissolver. Acrescentar a farinha, mexendo bem até obter uma massa que se despegue das paredes da taça. Se usar fermento de padeiro fresco, desfazê-lo na farinha com a ponta dos dedos ao pesar a farinha.
Amassar depois sobre uma superfície enfarinhada durante 5 minutos. Deixar descansar, tapada, durante 10 minutos.
Colocar a massa numa forma rectangular (tipo bolo inglês, grande) untada e enfarinhada. Deixar levedar, tapada com 1 pano durante 1 hora.

Assim que a massa levedar, pincelar o pão com a gema desfeita ou leite, colocar a cobertura por cima do pão e levar a forno pré-aquecido a 180ºC (com a opção ventoinha) durante 30 minutos. Se começar a queimar, tapar com papel alumínio e deixar cozer até ao final do tempo.



Sabe tão bem aquele coco em cima...agora fiquei mesmo com vontade de comer uma fatia deste tipo de sol!

5.6.13

Açorda de coelho no pão

Eis um prato, que eu nunca tinha provado na minha vida, até à uns meses atrás, Açorda. Agora que penso, até é estranho que as receitas de açorda, que eu habitualmente encontrava nunca me terem suscitado qualquer interesse, uma vez que tudo o que leva pão, eu por norma adoro. 
Mas apenas quando andava a tentar arranjar algo diferente para um coelho que tinha no congelador, e vi a imagem com um pão que habitualmente compro cá para casa, é que me deu um clique. Ainda bem que veio o clique para fazer esta receita, porque depois desta açorda, eu ando com desejos de fazer outras e outras!



Açorda de Coelho no pão da avó
adaptada da revista Sabe Bem Nº 11

500g de coelho
tomilho fresco q.b.
1 cebola
5 dentes de alho
100g de tomate em rama
1 pão da avó familiar ou 4 em formatos pequenos
2 colheres de sopa de azeite
50ml de vinho tinto
150g de courgette cortada em cubos pequenos
1 colher de sopa de sal
1 malagueta vermelha 
2 folhas de louro

Cortar o coelho em peças uniformes e deixar a marinar de um dia para o outro, com sal, um pouco de folhas de tomilho, os alhos picados, o vinho tinto e a malagueta vermelha sem sementes.

Bimby:
Colocar a cebola no copo: 5 seg + vel 5. Juntar o azeite e as folhas de louro: 5 min + 100º + vel 1 inversa.
Adicionar o coelho escorrido: 8 min + 100º + vel 1 inversa.
Juntar a marinada, o tomate cortado em cubos: 35 min + varoma + colher inversa. 
A meio parar, envolver com a espátula. Se estiver a pegar no fundo, juntar um pouco de água ou vinho tinto.

Tradicional:
Picar a cebola e refogá-la no azeite, com as folhas de louro. Adicionar o coelho escorrido e deixar estufar, tapado, durante 15 minutos.
Juntar a marinada e o tomate cortado em cubos e deixar estufar, em lume baixo/médio até verificar que o coelho se solta dos ossos. 

Retirar o coelho e reservar o refogado. Depois do coelho arrefecer o suficiente, desfiá-lo.
Juntar a carne desfiada e a courgette ao refogado.
Abrir o pão ou os pães pela parte superior, cortando tipo uma tampa e retirar todo o miolo. Demolhar o miolo retirado num pouco de água, desfazendo-o bem com as mãos. 
Adicionar o miolo ao coelho, e envolver bem.  No final, misturar algumas folhas de tomilho.
Colocar o pão ou os pães num tabuleiro e levá-los a forno pré-aquecido a 160ºC, durante 5 minutos.
Retirar do forno e recheá-los com a mistura do coelho.
O coelho que usei que era grande rendeu-me recheio para 1 pão de avó familiar e 2 pequenos. Como não comemos tudo ao almoço, à hora do jantar, reaqueci o pão recheado no forno uns 5 minutos e ficou na mesma maravilhoso.







4.6.13

Risotto de tintureira e camarão e o seu dueto inesquecível

O que me chamou a atenção para este risotto foi que ao contrário do habitual, não se finaliza com manteiga e queijo como é mais comum nas receitas de risotto, o que o torna mais saudável. Eu tinha feito umas experiências com a tintureira que não foram do meu agrado, pelo que a minha desconfiança com o dito peixe tornou-me um pouco renitente em experimentar a dita receita. Mas as palavras "dueto inesquecível" com a qual descreviam a receita, espicaçou-me a curiosidade, por isso lá fui eu comprar os ditos camarões e tintureira para fazer o tal risotto inesquecível...



Risotto de tintureira e camarão
vi a receita num flyer do Pingo Doce, mas também está no site deles aqui

250g tintureira congelada
1,2 L de água
2 folhas de louro
1 colher de sobremesa de sal
100g miolo camarão congelado de Moçambique
1 cebola (100g)
3 dentes de alho
2 cenouras (250g)
3 colheres de sopa de azeite
1 courgette pequena cortada aos cubinhos
200g de arroz para risotto
1,5 dl de vinho branco
1 colher de sopa de funcho em rama
pimenta preta de moinho q.b.

Cozer a tintureira numa panela com a água e as folhas de louro. Quando levantar fervura, adicionar o sal e ferver durante 5 minutos, e em seguida introduzir o camarão e deixar ferver mais 2 a 3 minutos. Retirar o peixe e o camarão com uma escumadeira e deixar o caldo fervilhar em lume muito branco.
Limpar o peixe de espinhas e desfazê-lo em lascas grandes.

Bimby:
Descascar a cebola, os alhos e a cenoura, e colocar no copo da bimby: 5 seg+vel 5.
Juntar o azeite: 5 min + 100º + vel 1.
Adicionar as courgettes: 3 min +100 º+ colher inversa.
Juntar o arroz, o vinho e 5 dl do caldo do peixe: 16 min + 100º + colher inversa.
A meio do tempo, parar e envolver com a espátula.
Findo o programa, juntar o peixe e o camarão: 1,30 min + 100º + colher inversa.
Retirar.

Tradicional:
Picar a cebola e o alho. Cortar a cenoura em quadrados muito pequenos.
Aquecer o azeite num tacho, e adicionar a cebola e o alho e quando começarem a alourar, juntar a cenoura. Mexer e deixar cozinhar sobre lume brando durante 5 minutos.
Deitar o arroz e a courgette, mexer e deixar fritar bem o arroz, mexendo de vez em quando.
Regar com o vinho e deixar cozinhar, até o vinho evaporar e o arroz começar a secar. Vá adicionando caldo do peixe ao arroz, aos poucos e à medida que este o for absorvendo. Assim que o arroz estiver cozido, juntar o peixe e o camarão e envolver.

Polvilhar o arroz com as folhinhas do funcho e pimenta preta moída no momento, e servir sem demora.



O resultado...muito bom! Todos nós gostamos muito deste risotto, e agora já tenho uma receita com tintureira que há-de ser repetida cá em casa mais vezes. 

Como os pequenos não gostam de camarões, o meu prato é mais camarão do que peixe, mas não me estou a queixar! 


3.6.13

Ruffle Milk Pie e como sou uma pessoa muito organizada e atenta!

Quando na mesma semana, eu vi esta tarte, aqui e aqui, e tendo uma embalagem de massa filó no frigorífico, pensei..."olha cá está o que vou experimentar neste fim de semana"! Com isto em mente, sim... esqueci-me de levar a dita embalagem de massa para a casa dos meus pais para preparar a tarte nesse fim de semana, mas passada outra semana, redimi-me e dessa vez ela não ficou esquecida!
Começo a colocar os ingredientes na bancada, ok acabou-se os paus de canela, mas tudo bem...com a canela em pó por cima, também não se perde muito em sabor! Continuemos. Abro a embalagem da massa filó e separo as folhas para começar a colocar a manteiga...4 folhas?!?!?! Não pode ser, isto devia ter 8, não?! Que se registe que não era, de todo, a primeira vez que eu usava aquele tipo de embalagens, mas normalmente eu cortava as folhas ao meio, ficando com 8 metades, portanto o meu cerebrozinho estava mesmo convencido que eu tinha uma embalagem com 8 folhas e não as habituais 4!! Depois de me maldizer a mim mesma por uns 5 minutos, e responder torto a quem me perguntava o que tinha (desculpem-me família...têm que me aturar!), resolvi parar com o mau humor e seguir em frente adaptando um pouco as quantidades.


Ruffle Milk Pie
adaptada dos blogs acima indicados

4 folhas de massa filó
40g de manteiga derretida
200ml de leite
2 ovos
90g de açúcar
1/2 casca de limão
1 colher de chá de amido de milho (maizena) 
açúcar em pó e canela para polvilhar

Pré-aquecer o forno a 180ºC.
Untar uma forma de 16 cm e forrá-la com papel vegetal. Se a forma não tiver aro desmontável, deixar uns centímetros de papel para fora da forma para ajudar a desenformar.
Cortar as 4 folhas a meio. Pincelar com a manteiga derretida uma folha de massa filó e dobrá-la em pregas (se fizeram leques de papel em criança, é a mesma coisa, mas com mais cuidado para não rasgar que estas folhas são mais frágeis!), enrolando-a depois em caracol e colocar na forma. Depois de pincelar a seguinte, dobrar em pregas, enrolando-a em caracol à volta da folha anterior que está na forma. Proceder de igual modo com as seguintes folhas, até terminar. 
Levar ao forno cerca de 20 a 25 minutos, até estar dourada.
Entretanto, mistura-se o leite, com o açúcar e o amido. Junta-se a casca de limão e leva-se a aquecer. Mexer de vez em quando para ajudar a dissolver o açúcar e o amido. Antes de começar a ferver, retirar. Bater os ovos e juntá-los em fio ao leite, mexendo rápido até ficar tudo homogéneo. 
Retirar a forma do forno, despejar com cuidado, por toda a forma, a mistura do leite e ovos e voltar a levar ao forno por mais 30 minutos.
Desenformar, polvilhar com açúcar em pó e canela (só coloquei canela). Servir morna.




Tirando o facto de ter ficado pequenina, eu gostei muito, principalmente morna e com a massa ainda crocante. Já está nos meus planos repeti-la como deve ser, e portanto já comprei outra embalagem de massa filhó...com 8 folhas, li e reli para ter a certeza!

Se tiverem dúvidas como se dobra a massa, espreitem os blogs que eu falei para ficarem com uma ideia das várias apresentações que pode ter esta tarte. A receita original levaria 60ml de natas, mas como eu tive de diminuir as quantidades, não me apeteceu abrir uma embalagem de natas para usar uns 30ml, pelo que com tanta aldrabice, resolvi usar um pouco de amido para ter a certeza que o creme, depois de estar no forno ficasse espesso.